A Oficina de stencil começou dia 31 de agosto e terminou dia 3 de outubro, sendo dividida em 8 aulas realizadas nas terças e quintas a tarde. Salvo os feriados e o dia 21 de setembro onde estávamos no SPai. A oficina tinha como mote aproveitar o interesse declarado pelos alunos sobre arte urbana para colocá-los a par de outros modelos de arte que não fossem os clássicos e trabalhar as questões da arte como forma de manifestação crítica.
A oficina se deu em 3 momentos. No primeiro momento buscou-se apresentar os conceitos sobre a relação entre grafite, pixação e arte urbana. No segundo nos aprofundamos na técnica do stencil através da elaboração de produções autorais onde cada um desenhou e recortou, com a ajuda dos bolsistas, o próprio molde. No terceiro momento finalizamos os moldes e partimos para a pintura, levando em consideração o desejo de cada aluno sobre a sua produção, usando tanto tinta spray como tinta guache.
Esse primeiro momento foi de suma importância pois levantou debates sobre o que é considerado arte nas produções que estão na rua, assim como a efemeridade das mesmas por estarem nesse local que é legalmente de todos. Também foi colocado a integração que existe entre pixadores e grafiteiros onde, por respeito, se evita ao máximo passar sua pintura por cima do trabalho de quem quer que seja.
No segundo momento os alunos foram incentivados a mostrar suas produções, muitas vezes mantidas em segredo nos cadernos, e a planejar algo a partir da frase: o que você gostaria de dizer ao mundo?
Esse tema nos levou a discutir diversos assuntos sociais como o preconceito, o suicídio, gostos musicais e estilos de vida, nos levando para uma produção diversificada.
A técnica do stencil foi apreendida muito rapidamente e os alunos faziam os seus desenhos já pensando em qual espaço ficaria vazado e qual não, deixando o que nós chamamos de ponte (ligação entre a parte externa e a interna do desenho que segura os detalhes de papel que não foram cortados) e fazendo camadas para aplicar detalhes com mais de uma cor no mesmo desenho.
Ao terminarmos os moldes fizemos uma primeira pintura teste onde lhes foi passado as técnicas e dicas de como usar uma tinta spray para melhor preenchimento. De início os alunos acharam um pouco difícil, mas lhes foi colocado que era uma questão de prática e assim seguimos. Alguns, devido o pouco tempo que tivemos para praticar, preferiram fazer sua aplicação com guache para dar uma atenção melhor aos detalhes.
Foi uma experiência rica em descobertas e que contou com bastante empolgação dos participantes. Incluindo alguns alunos que estavam sem aula, por falta de professor, e pediram para participar da nossa aula. Naquele momento, esse acontecimento, nos mostrou mais uma vez a importância de uma atividade extracurricular como o Pibid Artes Visuais nas escolas.
 







 
 
 
 
 
 
 
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